Ratos de Porão surgiu na década de 1980, em São Paulo.
Influenciado pelo movimento punk que começava a tomar forma em São Paulo, João Carlos Molina Esteves (o Jão Gordo, vocalista e guitarrista) formou o Ratos de Porão com seu primo Roberto Massetti (o Betinho, baterista) e o amigo Jarbas Alves (o Jabá, baixista).
Em 1982 participam do festival O Começo do Fim do Mundo, que reuniu vinte bandas no SESC Pompéia, em São Paulo, se tornando um marco do movimento.
Em 1983, já com Mingau na guitarra, gravaram seu primeiro registro musical na coletânea SUB. O vocalista João Gordo conheceu a banda durante as gravações dessa compilação e entrou na banda logo em seguida, para mais uma mudança na formação.
Em 1984 lançam o álbum de estréia, Crucificados pelo Sistema, o primeiro álbum individual de uma banda punk da América Latina. A época da gravação desse álbum, coincidiu com o chamado "fim do movimento punk de São Paulo", devido a brigas e richas de gangues, devido a isso não houve show de lançamento do álbum e o Ratos de Porão se desfêz por um breve período.
Em 1984, a música "Parasita" saiu na coletânea internacional World Class Punk, lançada em K7 pelo selo ROIR de Nova Iorque. Como na maioria das coletâneas internacionais de bandas punks que foram lançadas na época das quais haviam bandas do Brasil, só ficaram sabendo da participação nessa coletânea após seu lançamento, e até hoje não receberam nenhum centavo pela participação, apesar da coletânea ter dado um bom retorno financeiro. Apesar disso, serviu na época para divulgar o Ratos de Porão pelo mundo. Muitos anos mais tarde essa coletânea foi relançada em CD.
Voltaram em 1985, sem João Gordo, com Jão assumindo os vocais e guitarra, gravaram um álbum split com o Cólera, ao vivo no Lira Paulistana durante o show de lançamento do LP Tente Mudar o Amanhã do Cólera.
Em 1982 participam do festival O Começo do Fim do Mundo, que reuniu vinte bandas no SESC Pompéia, em São Paulo, se tornando um marco do movimento.
Em 1983, já com Mingau na guitarra, gravaram seu primeiro registro musical na coletânea SUB. O vocalista João Gordo conheceu a banda durante as gravações dessa compilação e entrou na banda logo em seguida, para mais uma mudança na formação.
Em 1984 lançam o álbum de estréia, Crucificados pelo Sistema, o primeiro álbum individual de uma banda punk da América Latina. A época da gravação desse álbum, coincidiu com o chamado "fim do movimento punk de São Paulo", devido a brigas e richas de gangues, devido a isso não houve show de lançamento do álbum e o Ratos de Porão se desfêz por um breve período.
Em 1984, a música "Parasita" saiu na coletânea internacional World Class Punk, lançada em K7 pelo selo ROIR de Nova Iorque. Como na maioria das coletâneas internacionais de bandas punks que foram lançadas na época das quais haviam bandas do Brasil, só ficaram sabendo da participação nessa coletânea após seu lançamento, e até hoje não receberam nenhum centavo pela participação, apesar da coletânea ter dado um bom retorno financeiro. Apesar disso, serviu na época para divulgar o Ratos de Porão pelo mundo. Muitos anos mais tarde essa coletânea foi relançada em CD.
Voltaram em 1985, sem João Gordo, com Jão assumindo os vocais e guitarra, gravaram um álbum split com o Cólera, ao vivo no Lira Paulistana durante o show de lançamento do LP Tente Mudar o Amanhã do Cólera.
A FASE CROSSOVER
Após o lançamento do split com o Cólera, João Gordo retorna à banda com a proposta de fazer um som mais crossover thrash, influenciado principalmente por bandas como D.R.I. e Broken Bones, e lançam em 1986, com Spaghetti na bateria, o álbum Descanse em Paz. Devido a influência do thrash metal no som, a banda foi chamada de traidora por alguns punks.Em 1987, assinam com a Cogumelo Discos e lançam o álbum Cada Dia Mais Sujo e Agressivo, em duas versões, uma gravada em português e outra em inglês.
Nessa época, também fazem o primeiro show com bandas dos gêneros musicais punk e metal do Brasil, com a banda Sepultura de Belo Horizonte. Esse show criou polêmica, pois devido a richas na época entre as duas tribos, comentou-se que iria haver brigas durante a apresentação, mas o show ocorreu sem nenhum conflito.
Devido a divulgação de Cada Dia Mais Sujo e Agressivo no exterior, a banda assina com a gravadora holandesa Roadrunner Records, e em 1989 gravam na Alemanha, o álbum Brasil, produzido por Harris Johnson, também em duas linguas, com a capa desenhada pelo autor de quadrinhos underground paulistano Marcatti, que alguns anos depois lançou duas edições do R.D.P. Comix, uma revista de histórias em quadrinhos do Ratos de Porão.
Em 1990, gravam Anarkophobia, novamente na Alemanha, com o mesmo produtor e mesmo desenhista de capa de Brasil, incluindo um cover de "Commando" dos Ramones e realizam uma turnê européia para divulgação do álbum. Em 1992, lançam o álbum RDP ao Vivo, gravado ao vivo em São Paulo, com o bateirista Boka (ex-Psychic Possessor) no lugar de Spaghetti.
Em 1993, gravam Just Another Crime in... Massacreland, o único álbum com a maioria das músicas em inglês, com exceção de "Suposicollor" em português e "Quando Ci Vuole, Ci Vuole!" em italiano. Esse foi o álbum mais voltado para o thrash metal da banda, incluindo um cover de "Breaking All the Rules" de Peter Frampton.
A VOLTA ÀS RAIZES
Em 1995, lançaram Feijoada Acidente?, um tributo a bandas punk brasileiras e internacionais. O título é uma paródia a The Spaghetti Incident?, disco do Guns N' Roses que também é um tributo.Em 1999, lançam Periferia 1982, com gravações de demo-tapes do início da carreira.
Para comemorar seus vinte anos de estrada, regravam o primeiro disco com o nome de Sistemados pelo Crucifa, que vem com uma revista contando a trajetória da banda. Neste disco fazem ainda uma homenagem à banda pioneira do movimento Punk em Portugal, os Aqui d´el-Rock, fazendo um cover da música "Eu não sei".
Em 2001, o baterista Boka lançou o EP Guerra Civil Canibal pelo seu próprio selo de gravação, Pecúlio Discos. Em 2003, o Ratos de Porão assinou com a gravadora especializada em heavy metal, Century Media e lançou o elogiado Onisciente Coletivo, no mesmo ano, o grupo lançou o disco Ao Vivo no CBGB gravado no templo do punk rock em Nova York, CBGB.
Em 2006, o quarteto lançou o CD Homem Inimigo do Homem, pelo selo nacional Deckdisc.
Depois de oito meses parados, os Ratos de Porão tocaram no festival paulista Maquinaria Rock Fest em 17 de maio de 2008.
De 2006 a 2007, os diretores Fernando Rick e Marcelo Appezzato, filmaram o documentário Guidable - A Verdadeira História do Ratos de Porão, com vídeos antigos inéditos e com entrevistas de todas as formações da banda. Em 2009, a produtora Black Vomit lançou em alguns festivais pelo Brasil, e uma versão em DVD da película deve sair em 2010.
DISCOGRAFIA:
Estúdio
- Crucificados pelo Sistema (1984)
- Descanse em Paz (1986)
- Cada Dia Mais Sujo e Agressivo (1987)
- Dirty And Aggressive (1987)
- Brasil (Versões em português e inglês) (1989)
- Anarkophobia (Versões em português e inglês) (1990)
- Just Another Crime in... Massacreland (1993)
- Feijoada Acidente? (Brasil e Internacional) (1995)
- Carniceira Tropical (1997)
- Guerra Civil Canibal (2000)
- Crucificados Pelo Sistema (2001)
- Onisciente Coletivo (2003)
- Homem Inimigo do Homem (2006)
- Periferia 1982 (1999)
- Só Crássicos (2000)
- Ao Vivo no Lira Paulistana (split-LP c/Cólera) (1985)
- RDP ao Vivo (1992)
- Ao Vivo no CBGB (2003)
- O Começo do Fim do Mundo (1983)
- SUB (1983)
- World Class Punk (1984)
- Ataque Sonoro (1985)
- Sanguinho Novo - Tributo ao Arnaldo Baptista (1989)
- South America in Decline (2000)
- Alpha Motherfuckers - A Tribute to Turbonegro (2001)
- Victor Jara - Tributo Rock (2001)
- Apocalypse Always (2002)
- D.R.I. Tribute - We Don't Need Society (2002)
- Botinada: a Origem do Punk no Brasil (2006)
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